quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Prototipação e a Usabilidade

Pessoal,

Como anda ultimamente rolando o nosso Seminário de Jogos Online gostaria que você lessem o posto do meu amigo Alvaro Cavalcanti, da Maracatu Studios, aluno e designer :

Reproduzo um pedaço do post:

"O assunto em pauta foi a prototipação e o playtest, onde o professor relatou suas experiências práticas no desenvolvimento de jogos de tabuleiro, desde o processo criativo até detalhes do processo de publicação. E foi levantado um ponto muito válido: faça seus protótipos em “papel de pão”! Ou seja, não gaste esforços extras para criar os componentes do protótipo - tabuleiro, peões, cartas, etc, pois como se trata de um protótipo as chances são altas de que quase tudo não vai sobreviver às primeiras rodadas de testes. E isso pode causar até um desânimo, afinal você se esforçou tanto para fazer tudo tão bonitinho mas ficou uma porcaria, não é?"

Leia a integra aqui

Abraços a todos !

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Jogo em Sala de Aula

Ontem eu tive uma experiência muito interessante no Nucleo Avançado de Ensino da Oi, conhecido aqui no Rio como Nave. Levei para as turmas de 1o. ano do Segundo Grau Técnico uma "aula palestra" sobre jogos de tabuleiro modernos. O interessante que pude notar é que a maior parte dos alunos ficou surpresa pelos jogos diferentes do "mainstream" existentes hoje no Brasil. Apesar da grande maioria estar antenada digitalmente com os videogames em geral, muitos se entusiasmaram com a possibilidade de criarem jogos "análogicos" e que pudessem adaptar ao mundo digital.

A parte mais interessante da aula foi quando fizemos um workshop de criação de um jogo. Dividimos as turmas em grupos e propusemos um desafio do qual consistia no desenvolvimento de uma idéia de jogo. Tivemos numa grande maioria "adaptações" de títulos conhecidos do mercado, com mecânicas tradicionais do rolar e mover, bem como alguma coisa feita em cima de cardgames que a garotada normalmente conhece. Mas para minha grande surpresa recebi 3 temas que me chamaram a atenção :

a) Um jogo terapeutico que tinha como premissa resgatar pessoas que tivessem sofrido algum tipo de trauma ou estivesse com algum tipo de dependência química;
b) Um jogo que ensinava hábitos alimentares corretos e dicas de saúde;
c) Um jogo vocacional, do qual os jogadores escolhiam uma profissão e tinham que enfrentar desafios da mesma.

O que eu mais gostei foi que submetemos esta proposta e deixamos que os alunos utilizassem seu potencial criativo no processo. A faixa etária das turmas estava na faixa dos 15 anos e a maior parte dos alunos vinha de comunidades carentes, ou famílias de baixa renda. Isto me chamou muito a atenção já que um trabalho de formação do indivíduo com os jogos é possível e ainda podemos incentivar o desempenho em outras cadeiras justamente com ferramentas lúdicas.

Adorei este atividade foi bem recompesnadora em termos acadêmicos. Tive uma visão bem ampla de alguns problemas sociais, mas que podem ser debatidos utilizando os jogos modernos, para incentivar o processo de desenvolvimento do indivíduo. Gostaria muito de discutir com as pessoas sobre isso.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Universalização do Conhecimento

Antes de começar o meu texto, queria parabenizar o Fel e o Warny pela Torre das Peças, novo evento do calendário Lúdico carioca e que foi um sucesso no último sábado dia 15 de novembro no Bob´s ! Espero que o evento cresça e com certeza estarei no próximo jogando com a galera !!!!

Queria iniciar este texto com uma frase :

"Do mesmo modo que o campo, por mais fértil que seja, sem cultivo não pode dar frutos, assim é o espírito sem estudo."
(Cícero)

Quando estudamos adquirimos o conhecimento (isto não significa que comnquistemos a sabedoria), um conjunto de informações que podem nos conduzir a diversas coisas boas, mas também infelizmente a coisas más. O verdadeiro sábio é aquele que propaga seus conhecimentos e os universaliza com todos que precisam.

Este ato de compartilhar seus conhecimentos é algo ainda utópico, a escola, tenta fazer isso através dos preceptores que amam ensinar. Eu adoro ensinar, adoro passar conhecimento para todos aqueles que precisam e tenho como filosofia que quanto mais levarmos as pessoas a refletirem sobre sua vida, poderemos mudar um pouco esta nossa sociedade tão cheia de problemas.

Acho que não existe propriedade de conhecimento, nem "entrega de ouro" para um ou para outro, o problema é que a ignorância faz com que as pessoas se abriguem em conchas, com medo de que percam o controle das coisas.

A Igreja Católica tentou fazer isto durante muito tempo suprimindo com argumentos religiosos e diversos luminares como : Galileu, Bruno, etc, foram castigados, mas no final o conhecimento e sua propagação venceram estas barreiras. Acho uma infantilidade nos dias de hoje tentar guardar para si, ou mesmo para um grupo, algo que poderia ser útil a todos, pois mais cedo ou mais tarde este conhecimento irá vazar.

Claro que os interesses econômicos hoje tentam parar a universalização da informação, mas a Internet de certa forma está dando os primeiros passos para acabar com isso e hoje temos, uma profusão de sites com uma tonelada de informações ao nosso alcance. É uma luta ainda desigual pois dificilmente os donos do poder irão desistir de resguardar estas informações.

A comunidade Lúdica contudo é bem diferente de muitas comunidades que vemos aí fora, pois desde de sua formação, encontramos sempre pessoas dispostas a colaborar e divulgar as informações para todos, na expectativa de que a mesma cresça cada vez mais. Tenho conversado com muita gente desde designers, jogadores, donos de empresa e todos tem uma boa vontade enorme em ajudar. Parece que para eles o mundo não tem fronteiras e todos nós fazemos parte de um mesmo grupo.

Acho interessante eu poder ter este contato com várias pessoas de diversos países e trocarmos idéias a respeito de regras, dúvidas, experiências e ainda podermos colaborar uns com os outros. Eu mesmo tive uma experiência muito boa no Cosmic Mogul, pois meu desenhista é um americano que se tornou um amigo e que nos conhecemos justamente trocando experiências entre jogos. Ao mesmo tempo tenho contatos com amigos que fiz na Holanda, Portugal, Espanha e Alemanha, todos unidos pelo ideal dos jogos de tabuleiro.

Como disse antes, parece que não existem fronteiras neste mundo, não existem países e as pessoas se integram, diferente do nosso mundo lá fora cheio de problemas e preconceitos, fomentados por políticos que fomentam um nacionalismo xenofóbico e que causa tantos anátemas com as pessoas.

Com isso queria terminar meu texto com mais uma frase, homenageando todos aqueles que contribuem com nossa comunidade com informações, dicas, eventos, enfim conhecimento em geral :

"Se eu vi mais longe foi por está de pé sobre ombros de gigantes"
(Isaac Newton)

Abraços a todos e ótima semana !

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Teoria Flow nos Jogos

Li um artigo muito interessante de Jenova Chen sobre a teoria Flow nos video games. Para quem não sabe esta teoria foi desenvolvida por Mihály Csíkszentmihályi, que diz o seguinte :

"Fluxo, é um estado mental de operação em que a pessoa está totalmente imersa no que está fazendo, caracterizado por um sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade." (wikipédia)

Este teoria é muito interessante se aplicada além dos videogames aos jogos de tabuleiro, já que este estado de imersão que alcançamos em algum jogo pode ser explicada pela Flow. Achei muito legal mesmo e acho que vale a pena os aspirantes a designer de jogos darem uma olhada.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Seminário de Design de Jogos - Notas de aula

Coloquei na págia da Riachuelo de nosso seminário ( http://www.riachuelogames.com.br/seminario.html ) as referências citadas na última aula pelo Lisandro e o Alvaro. Queria agradecer e muito a colaboração deles. Aliás nossa primeira aula foi muito boa, já que tivemos uma excelente discussão sobre jogos empresariais e temáticas de jogo. Está sendo uma experiência ótima !